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Ministros do STF decidem nesta quarta sobre aumento do próprio salário

Ministra Cármen Lúcia evitou encampar o reajuste, preferindo submetê-lo à votação em reunião que ocorrerá no início desta noite

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Estátua STF  – Brasília(DF), 15/09/2017
1 de 1 Estátua STF – Brasília(DF), 15/09/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem decidir nesta quarta-feira (8/8) se será incluído o aumento de seus próprios salários no orçamento do Poder Judiciário, que será encaminhado ao Ministério do Planejamento e depois ao Congresso.

O assunto deve ser discutido em sessão administrativa marcada para as 18h, depois de a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, ter decidido, pelo segundo ano consecutivo, não encampar o aumento, submetendo-o à votação de seus pares.

Desde 2015, o salário dos ministros do STF permanece R$ 33,7 mil. O valor serve como teto para todo o funcionalismo público, conforme determina a Constituição.

Diversas entidades representativas dos magistrados encaminharam aos ministros do STF ofício defendendo o reajuste salarial. Elas afirmam haver defasagem de 40% nos vencimentos, devido ao congelamento dos últimos anos, e alegam existir uma “janela política” para a aprovação neste momento.

No ano passado, a votação sobre o assunto terminou com derrota para o reajuste, com placar de 8 a 3. Somente os ministros Marco Aurélio Mello, Luiz Fux e Ricardo Lewandowski votaram a favor.

Na terça (7), Lewandowski disse que incluir o reajuste na previsão para 2019 faz parte da “boa técnica orçamentária”. Para ele, é importante que o aumento dos salários esteja previsto no orçamento para posterior discussão no Legislativo.

“Agora, se o Congresso vai conceder ou não [o reajuste], se o presidente veta ou não [a proposta], isso é outro problema. Nós estamos só no plano da técnica orçamentária”, disse o ministro que, quando foi presidente do STF, encaminhou proposta de aumento de 16,38% nos salários.

Outro assunto que pode ser discutido é o encaminhado pela Advocacia-Geral da União (AGU), após reuniões de conciliação, sobre o eventual fim ou a maior restrição do auxílio-moradia dos magistrados, no valor de R$ 4,3 mil, recebido por todos os juízes brasileiros, mesmo com residência própria no local onde trabalham.

Após três reuniões com representantes dos magistrados, a AGU relatou ao STF ter sido alcançada uma proposta de que o benefício seja extinto em troca de sua incorporação aos vencimentos dos ministros por meio de um reajuste.

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