Ministério Público diz que “não negociou” condições para volta de Eike
A Procuradoria assinala que já estava providenciando documentação necessária para eventual extradição do empresário
atualizado
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O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta segunda-feira (30/1) que “não negociou” condições para o empresário Eike Batista retornar ao Brasil. Por solicitação dos procuradores da República no Rio de Janeiro à frente da Operação Eficiência, deflagrada na quinta-feira (26), a Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal (SCI/MPF) iniciou contatos com as polícias alemã e americana desde o último dia 27, para monitorar o ex-bilionário.
Eike foi oficialmente considerado foragido internacional após embarcar na noite de terça-feira (24) para Nova York.
A Procuradoria assinala que já estava providenciando documentação necessária para eventual extradição do empresário. “O retorno voluntário antecipou uma prisão que seria inevitável aqui ou nos Estados Unidos, e essa custódia se mostra necessária no momento para garantia da ordem pública e da instrução criminal”, afirma o procurador regional da República José Augusto Vagos, da força-tarefa Lava Jato no Rio”.“Os pedidos de prisão para extradição começaram a ser preparados ainda no dia 27, ao mesmo tempo em que era verificado naqueles países onde Eike poderia estar. Logo que se confirmou sua presença em Nova York, a polícia americana iniciou um discreto monitoramento, já com a informação de que ele havia comprado a passagem do voo AA 973 (aeroportos JFK-Galeão) para ontem, 29 de janeiro, à noite”, destaca a Procuradoria.
“Procuradores no Rio e na Procuradoria Geral da República checaram planos de voo de vários jatos brasileiros que poderiam estar nos Estados Unidos e auxiliar numa fuga, em especial um que partiu na mesma data do voo de saída do Rio e teve um plano de voo suspeito”, informou a Procuradoria.
Os policiais americanos só encerraram a mobilização e deram seu aval ao embarque quando a porta do avião fechou e eles conferiram a lista de passageiros.