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MBL projeta mensagem no prédio do Supremo: “Vergonha, STF”

Texto é referência à frase dita por advogado a ministro Lewandowski, que lhe deu voz de prisão durante voo nesta terça-feira

atualizado

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MBL projeta “vergonha” na sede do STF
1 de 1 MBL projeta “vergonha” na sede do STF - Foto: Reprodução

Após a repercussão da polêmica ordem de prisão dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski ao advogado Cristiano Caiado de Acioli, nesta terça-feira (4/12), durante um voo de São Paulo para Brasília, o Movimento Brasil Livre (MBL) resolveu projetar uma mensagem indignada no prédio da Corte nesta noite: “Vergonha STF” (foto em destaque).

Trata-se de uma alusão à frase que Acioli direcionou ao ministro dentro do avião. Ao chamar o magistrado pelo sobrenome na aeronave, ele disse que o “Supremo é uma vergonha” e que “tem vergonha de ser brasileiro ao ver a Corte”. O ministro então retruca: “Vem cá, você quer ser preso?”.

O vídeo com o embate entre o togado e o advogado circulou pelas redes sociais. Em outra gravação, Acioli continua com as críticas, explicando aos demais passageiros que Lewandowski o ameaçou de prisão “tão somente” porque ele exerceu “a liberdade constitucional”. “Eu, enquanto cidadão, gostaria de deixar a minha nota particular de desagravo porque a gente ainda vive em uma democracia”, completou.

Assista: 

 

Logo em seguida, Acioli faz referências aos ex-presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT. “Eu não sou um presidiário tentando dar entrevista. Não sou uma presidenta que vocês estão querendo dividir ou não meus direitos políticos. Sou apenas um cidadão que me dirigi respeitosamente ao ministro Lewandowski para fazer uma crítica do que sinto ou penso. Eu amo o Brasil”, afirmou o advogado, que nas redes sociais é apoiador do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

Acioli acabou detido e encaminhado à Superintendência Regional do Distrito Federal (SRDF). Foi liberado à tarde. De acordo com o advogado que o representa, Ricardo Vasconcellos, o cliente apenas “criticou o STF no direito constitucional como cidadão”. Para Vasconcellos (veja outro vídeo abaixo), o caso configura “violação absurda de direitos e garantias do cidadão e das prerrogativas de advocacia”.

Na chegada ao STF, na tarde desta terça, o ministro Lewandowiski foi visto em uma rodinha, contando sua versão para o caso aos colegas da 2ª Turma, que deveriam julgar um habeas corpus com novo pedido de liberdade apresentado pelo ex-presidente Lula: a sessão foi suspensa, por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, quando o placar estava em 2 x 0 pela rejeição do HC.

Veja declaração do advogado Ricardo Vasconcellos

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