Marco Aurélio nega liberdade a traficante comparsa de André do Rap
Defesa de Gilcimar de Abreu, conhecido como “Poocker”, usou mesmos argumentos que levaram à soltura do outro traficante
atualizado
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O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (15/10) um pedido de liberdade feito pela defesa do traficante Gilcimar de Abreu, conhecido como Poocker. Ele é apontado como comparsa de André Oliveira Macedo, o André do Rap.
Os advogados queriam que Abreu, já condenado, fosse beneficiado pela mesma decisão que colocou em liberdade André do Rap. Contudo, o magistrado indeferiu o pedido.
Poocker e André do Rap foram condenados em segunda instância por envolvimento nos mesmos crimes, investigados pela operação Oversea em 2014. Eles ainda recorrem da condenação e, por isso, não começaram a cumprir efetivamente as penas definidas pela Justiça.
Ao negar o habeas corpus, Marco Aurélio Mello pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido. Após receber esse posicionamento, o ministro do STF pode emitir nova decisão sobre o caso.
Na última sexta-feira (10/10), Marco Aurélio concedeu um habeas corpus a André do Rap por avaliar que a prisão do traficante tinha se tornado ilegal. A decisão se baseou num trecho do pacote anticrime, em vigor desde janeiro, que pede reavaliação das prisões preventivas a cada 90 dias.
A liminar, contudo, foi derrubada por ordem do presidente da Corte, Luiz Fux. A iniciativa gerou desavenças e o caso foi parar no plenário da Corte. Na tarde desta quinta, o colegiado decidiu, por 9 votos a 1, que André do Rap deve voltar à cadeia.