Manifestação dos opositores de Lula em São Paulo é tímida
Cerca de 50 manifestantes protestam contra o ex-presidente na Avenida Paulista. Apoiadores dele devem ir às ruas à tarde
atualizado
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As manifestações sobre o julgamento que pode tornar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inelegível, nesta quarta-feira (24/1), estão tímidas na cidade mais populosa do Brasil. Na principal avenida de São Paulo, a Paulista, cerca de 50 pessoas anti-PT protestam nas ruas aos gritos de “Lula na cadeia”.
Além disso, há dois caminhões de som, dos grupos antagonistas do partido. Entre eles, o Movimento Brasil Livre (MBL) e Revoltados Online. O MBL, inclusive, inflou um Pixuleco em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). Esses manifestantes vestem, em maioria, a camiseta da Seleção Brasileira de futebol e carregam bandeiras do país.
Insegurança
Até a véspera do julgamento, a SSP/SP não havia definido o esquema de policiamento para a região dos protestos. Por meio de nota, a pasta informou que a Polícia Militar “está realizando reuniões com a Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público” para decidir como será feito o policiamento.
“Desde o dia 17, estão sendo realizadas reuniões na sede do Comando de Policiamento Metropolitano 1 (centro da capital), responsável pela área territorial do ato, com as organizações e entes do Poder Público, envolvidos nas manifestações previstas para a próxima quarta-feira”, explicou.
Julgamento
Três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) julgam recurso do petista já condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O veredito da Corte federal terá grande influência no cenário político nacional, visto que Lula é um dos principais pré-candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano.
No ano passado, o petista foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de reclusão no caso do triplex do Guarujá (SP). Segundo a acusação, o ex-presidente beneficiou a construtora OAS em contratos com a Petrobras em troca de propina.