Lula desiste de Renan como sua testemunha de defesa na Lava Jato
O depoimento estava previsto para esta quarta-feira (15/3). Por ora, o ex-presidente do Senado não irá depor ao juiz Sérgio Moro
atualizado
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Advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu de ouvir o ex-presidente do Senado e líder do PMDB na Casa Renan Calheiros (AL) como testemunha de defesa do petista na Operação Lava Jato em Curitiba. O depoimento estava previsto para esta quarta-feira (15/3).
O pedido de desistência foi protocolado ao juiz Sérgio Moro na tarde desta terça (14) e acatado pelo juiz da Lava Jato no mesmo dia. Com isso, por ora, o peemedebista não precisará depor ao magistrado.
A defesa de Lula arrolou dezenas de testemunhas do mundo político e que participaram de seu mandato presidencial, como o atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles, para tentar desconstruir a tese da Lava Jato de que o petista teria chefiado um esquema de corrupção a partir do loteamento político de estatais para seus aliados. A defesa alega que o ex-presidente não tinha conhecimento nem interferência nos desvios da Petrobras que foram revelados pela Lava Jato.
Apesar da desistência, o juiz da Lava Jato ouve nesta quarta-feira, 15, outras cinco testemunhas arroladas pela defesa do ex-presidente, incluindo o ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro, por videoconferência de Brasília, o ex-ministro investigado no mensalão Walfrido Mares Guia e até o ex-diretor da PF Paulo Lacerda.
Os defensores de Lula chamaram estas testemunhas para depor na ação em que o ex-presidente é acusado pela Lava Jato de receber R$ 3,7 milhões em propinas da OAS no esquema de corrupção na Petrobras, entre 2006 e 2012. A Procuradoria da República aponta que este valor teria sido repassado por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e do armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.