Lula depõe a Moro na segunda (14/3) como testemunha de amigo preso
Arrolado pela defesa do pecuarista José Carlos Bumlai, o petista foi intimado no último dia 29 de fevereiro na sede do Instituto Lula, em São Paulo
atualizado
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem compromisso com a Justiça Federal na próxima segunda-feira (14/3), às 9h30. Arrolado pela defesa do pecuarista José Carlos Bumlai, seu amigo preso na Operação Passe-Livre – desdobramento da Lava Jato -, Lula vai depor perante o juiz Sérgio Moro. O encontro será ‘à distância’, por vídeo conferência, procedimento adotado em larga escala na Lava Jato e em outros feitos judiciais para agilizar o andamento das ações penais – evita-se longos deslocamentos de testemunhas.
No dia 29 de fevereiro, o petista foi intimado na sede do Instituto Lula, em São Paulo. A intimação foi feita pela oficial de Justiça Patrícia Lopes Cançado. Lula vai depor em São Paulo, instalado em uma sala do prédio da Justiça Federal, na Alameda Ministro Rocha Azevedo, 25. As perguntas serão feitas por Moro, de Curitiba. Também poderão fazer questionamentos ao ex-presidente procuradores da República e advogados.Bumlai foi capturado no dia 24 de novembro. Ele é o protagonista do empréstimo supostamente fraudulento de R$ 12 milhões que tomou junto ao Banco Schahin, em outubro de 2014. O destinatário real do dinheiro foi o PT, na ocasião em dificuldades de caixa. O pecuarista foi denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e gestão financeira fraudulenta e arrolou o ex-presidente como sua testemunha.
Lula e Bumlai são amigos desde 2002. A partir do primeiro mandato do petista, Bumlai passou a frequentar o Palácio do Planalto.
Ao longo das investigações, a Polícia Federal e a Procuradoria da República constataram que Bumlai teve participação na reforma do sítio Santa Bárbara, localizado em Atibaia (SP), que os investigadores supõem ser de propriedade de Lula – o que é negado pela defesa.
O próprio Lula é alvo da mais recente operação da PF, denominada Aletheia. Na sexta-feira (4), ele foi conduzido coercitivamente de sua residência em São Bernardo do Campo para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas.