Lula ainda não tomou banho de sol após prisão, diz advogado
Segundo equipe de defesa do ex-presidente, viabilidade do procedimento ainda é discutida pela Polícia Federal
atualizado
Compartilhar notícia
Enviada especial a Curitiba (PR) – Detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) desde a noite do último sábado (7/4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não tomou banho de sol. Segundo o advogado Cristiano Zanin, integrante da equipe de defesa do petista, a Polícia Federal (PF) ainda está organizando internamente como se dará o procedimento.
Segundo informou a PF, o ex-presidente terá direito a duas horas de banho de sol por dia. A exposição ao ar livre, contudo, não será em conjunto com os demais detentos. Outros condenados pela Operação Lava Jato, como o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, também estão presos na PF em Curitiba.
Zanin visitou o ex-presidente na tarde desta segunda (9). O advogado reafirmou que Lula está “sereno, porém indignado” com a condenação. Para passar o tempo, informou o defensor, o petista tem se dedicado à leitura. A escolha atual do líder político é A elite do atraso – da escravidão à Lava Jato, do sociólogo Jessé Souza.No domingo (8), contudo, o ex-presidente entreteu-se com a final do Campeonato Paulista 2018, entre Corinthians e Palmeiras, e viu o alvinegro levar o título. “Ele assistiu o jogo e ficou bastante contente com a vitória”, relatou Zanin. A pedido da defesa, uma televisão de sinal aberto foi instalada na sala especial onde o petista iniciou o cumprimento da pena.
Sem visitas até agora
A visitação de familiares, prevista para esta quarta (10), também não está definida, informou o advogado. Segundo Zanin, a defesa aguarda a reversão da ordem de prisão do petista “para que não seja necessário seguir esse ritual [de parentes o visitarem na cadeia]”.
A defesa do ex-presidente prepara recurso contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que, no sábado (7/4), rejeitou a reclamação na qual os advogados tentavam impedir o encarceramento do líder petista. O pedido será pela revogação da ordem de prisão, cumprida ainda na noite de sábado.