Luiz Fux: “A Corte se mantém vigilante contra qualquer forma de agressão”
O ministro do STF defendeu as instituições democráticas após operação da PF que apura disseminação de fake news e ataques contra a Corte
atualizado
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No início da sessão plenária desta quarta-feira (27/05), o ministro Luix Fux, do Supremo Tribunal federal (STF), defendeu o fortalecimento das instituições democráticas. O comentário foi feito após a deflagração da operação da Polícia Federal que apura a disseminação de fake news e ataques contra ministros da Corte.
Segundo Fux, que ocupa a presidência temporariamente, no lugar do ministro Dias Toffoli – que está internado -, o STF “mantem-se vigilante contra qualquer forma de agressão a instituição”.
Fux afirmou, ainda, que ofender a Corte representa “desprezo pela democracia”. “O espírito democrático requer diálogo para que todos possamos viver como iguais”, avaliou.
“Este Supremo Tribunal Federal, no exercício de seu nobre mister constitucional, trabalha para que, onde houver hostilidade, construa-se respeito; onde houver fragmentação, estabeleça-se diálogo; e onde houver antagonismo, estimulem-se cooperação e harmonia”, declarou Fux.
Operação
A Polícia Federal (PF) cumpriu 29 mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (27/05) no âmbito do Inquérito nº 4.781, que investiga a disseminação de fake news e ameaças contra ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
As ordens judiciais foram cumpridas no Distrito Federal e mais cinco estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina.
Entre os alvos, estavam aliados do presidente Jair Bolsonaro: o dono da rede de lojas Havan, Luciano Hang, o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, o blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, e o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP). Os deputados Daniel Silveira (PSL-RJ), Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP) também foram alvos das ações.