Lewandowski cobra explicação do governo sobre vacinas prestes a vencer
TCU divulgou que 28 milhões de doses de imunizantes contra Covid, em estoque do Ministério da Saúde, vencem até o final de agosto
atualizado
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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União se manifeste sobre o estoque de vacinas contra Covid-19 com vencimento até o final de agosto deste ano.
A decisão foi tomada após a Rede Sustentabilidade apresentar um pedido na Corte com base em uma inspeção realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que identificou que o Ministério da Saúde tem em estoque cerca de 28 milhões de doses de vacinas prestes a vencer.
O ministro Vital do Rêgo, do TCU, estabeleceu que o Ministério da Saúde adote as “ações necessárias” para evitar a perda das vacinas.
O número reúne vacinas da Pfizer e da AstraZeneca. Segundo o TCU, as 28 milhões de doses que expiram até agosto custaram R$ 1,21 bilhão aos cofres públicos.
O relatório do tribunal apontou que cada dose da AstraZeneca foi comprada por R$ 41,83, enquanto o valor da dose da Pfizer foi de R$ 66,89, o que somaria prejuízo de R$ 1,09 bilhão e R$ 128,66 milhões respectivamente.
No pedido ao STF, a Rede solicita que sejam estabelecidas medidas de transparência sobre as informações dos estoques das vacinas; e investigação dos responsáveis pelo estoque e avaliação de eventual improbidade administrativa.
O Metrópoles procurou o Ministério da Saúde, que não se manifestou até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.
Veja a íntegra da decisão:
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Saúde diz que vai se pronunciar
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a pasta irá se manifestar dentro do prazo estabelecido e pede que “estados e municípios continuem empenhados em vacinar a população que ainda possui doses em atraso”.
Veja a íntegra da nota:
“O Ministério da Saúde vai se manifestar dentro do prazo estabelecido pelo STF.
A pasta reforça que, mesmo com o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, a campanha de vacinação contra a Covid-19 segue normalmente em todo o país, e pede que estados e municípios continuem empenhados em vacinar a população que ainda possui doses em atraso.
Na última segunda-feira (20), o Ministério da Saúde ampliou a segunda dose de reforço para pessoas a partir de 40 anos de idade, e reitera a importância das doses de reforço contra a Covid-19.”
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