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Lava Jato repudia “notícia falsa” sobre troca de procuradores

Segundo supostas conversas divulgadas pelo colunista Reinaldo Azevedo, Dallagnol teria sugerido uma mudança no caso de Lula no triplex

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Assinaturas anticorrupção no MPDFT – Brasília(DF), 03/06/2016
1 de 1 Assinaturas anticorrupção no MPDFT – Brasília(DF), 03/06/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em nota, a força-tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) repudiou o que chamou de “notícia falsa” envolvendo a troca de procuradores em audiência do caso triplex do Guarujá – que levou o ex-presidente Lula para a cadeia. Os diálogos sobre a suposta mudança foram divulgados nesta quinta-feira (21/06/2019), no programa de Reinaldo Azevedo, da Bandnews FM, e confirmados pelo site The Intercept.

De acordo com o novo trecho, o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, teria informado a outro procurador, Carlos Fernando dos Santos Lima – atualmente aposentado –, que recebeu orientação do então juiz Sergio Moro para realizar a troca. Moro atualmente é o ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PSL).

No documento, a Lava Jato informou que a procuradora da República Laura Tessler, mencionada nas conversas, participou de audiência em ação penal na qual o acusado era o ex-ministro Antônio Palocci, na manhã de 13/03/2017, dentre outros casos.

A força-tarefa ainda elogiou a procuradora. “Como sempre, sua atuação firme, técnica e dedicada contribuiu decisivamente para a condenação, somente nesse caso, de 13 réus acusados de corrupção e lavagem de dinheiro a mais de 90 anos de prisão, incluindo o ex-ministro Antônio Palocci”.

“Integrante da Lava Jato no MPF desde 2015, a procuradora Laura Tessler seguiu e segue responsável por diversas investigações e ações criminais, realizando todos os atos processuais necessários, incluindo audiências, contando com toda a confiança da força-tarefa na sua condução altamente profissional, cuidadosa e obstinada no combate à corrupção”, diz trecho da nota.

Segundo a Lava Jato, “não houve qualquer alteração na sistemática de acompanhamento de ações penais por parte de membros da força-tarefa”. A nota ainda traz uma crítica ao jornalista que divulgou os supostos diálogos. “Além de desrespeitosa, mentirosa e sem contexto, a publicação de Reinaldo Azevedo não realizou a devida apuração, que, por meio de simples consulta aos autos públicos acima mencionados, evitaria divulgar movimento fantasioso de troca de procuradores para ofender o trabalho e os integrantes da força-tarefa”.

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