Lava Jato exige fiança de R$ 1,5 milhão de Vaccarezza em cinco dias
MPF solicitou ao juiz Sérgio Moro que decrete “prazo improrrogável” para o pré-candidato a deputado federal quitar dívida
atualizado
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A força-tarefa da Operação Lava Jato requereu ao juiz federal Sérgio Moro nesta segunda-feira (13/8) que mande o ex-deputado Cândido Vaccarezza (Avante-SP) pagar a fiança de R$ 1,5 milhão “no prazo improrrogável” de cinco dias, “sob pena de cassação do benefício”.
Ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara, Vaccarezza deixou a prisão em agosto do ano passado, sem quitar o valor imposto a ele, no âmbito de uma investigação por suposta propina em contratos da Petrobras. Ele teria recebido, de acordo com as investigações, US$ 500 mil
Em manifestação a Moro, também nesta segunda, o ex-deputado requereu ao magistrado que não o mande para prisão domiciliar, não imponha o uso da tornozeleira eletrônica e cesse a cobrança de fiança de R$ 1,5 milhão.
A Procuradoria da República e Vaccarezza se manifestaram após Moro intimá-los sobre a lista criada pelo ex-deputado no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha de deputado federal, mesmo devendo a fiança.
O posicionamento da Lava Jato apresentado nesta segunda a Moro reitera o pedido feito em março deste ano ao magistrado.
Na ocasião, o Ministério Público Federal solicitou que o magistrado desse um prazo de cinco dias para que o deputado pagasse o montante. Caso não houvesse pagamento, pediu a Lava Jato, Vaccarezza deveria ser colocado em prisão domiciliar, “considerando o estado de saúde do investigado”.
Acusações
O ex-deputado é investigado de receber propina oriunda de contratos para o fornecimento de asfalto à Petrobras. De acordo com a Operação Lava Jato, o ex-deputado colocou “seu mandato eletivo à venda para intermediar contratos com a Petrobras ou com outras entidades da Administração Pública direta ou indireta”.
Após cinco dias na cadeia, Vaccarezza foi solto por Moro. O juiz considerou problemas de saúde alegados pelo ex-deputado e impôs medidas cautelares. Em 22 de agosto de 2017, Moro determinou seis medidas cautelares. Uma delas trata da fiança de R$ 1,5 milhão.