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Lava Jato denuncia Edison Lobão por contratos da Transpetro

De acordo com a acusação, ex-senador celebrou acordos, mediante lavagem de dinheiro, para adquirir obras de arte de quase R$ 1 milhão

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Sabatina na CCJ do Senado Federal – Brasília(DF), 21/02/2017
1 de 1 Sabatina na CCJ do Senado Federal – Brasília(DF), 21/02/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Operação Lava Jato ofereceu uma denúncia contra o ex-senador Edison Lobão, seu filho Marcio Lobão, o ex-presidente do Grupo Estre Wilson Quintella, o ex-funcionário da Estre Antônio Kanji, os executivos da NM Luiz Fernando Nave Maramaldo, Nelson Cortonesi Maramaldo e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, além de Carlos Dale Junior, proprietário da Galeria Almeida & Dale. Eles são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com a força-tarefa, as práticas seriam relacionadas à celebração, entre 2008 e 2014, de 44 contratos, que somaram cerca de R$ 1,5 bilhão, entre a Transpetro e as empresas Pollydutos, Estre Ambiental, Estaleiro Rio Tietê (todas integrantes do Grupo Estre), e com o Consórcio NM Dutos- Osbra.

Conforme apurado nas investigações da Lava Jato, Edison Lobão, na condição de Ministro de Minas e Energia, recebeu parte da propina negociada por Sérgio Machado nos contratos firmados pela Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras. O valor solicitado e pago, via de regra, era de cerca de 3% na área de serviços e de 1% a 1,5% na parte dos navios, sendo que, em alguns casos, esse percentual poderia ser fixado em até 4%.

De acordo com a denúncia, os repasses de parte da propina a Edison Lobão ocorreram em decorrência de serem o então PMDB (partido de Edison Lobão, hoje MDB) e o próprio ministro de Minas e Energia responsáveis pela indicação e manutenção de Sérgio Machado no cargo de presidente da Transpetro.

Nesse esquema investigado, parte da propina negociada teria sido destinada a Edison Lobão, que designou seu filho, Márcio Lobão, para receber em espécie os valores no Rio de Janeiro. O ex-ministro instruiu Sérgio Machado a tratar diretamente com seu filho a respeito dos detalhes das entregas.

Segundo apurado nas investigações, foram efetivamente realizadas diversas reuniões entre Sérgio Machado e Márcio Lobão, conforme registrado tanto em registros de visita a Sérgio Machado na Transpetro quanto em anotações da agenda e registros de reunião de Márcio Lobão na Brasilcap. Restaram ainda comprovadas, por meio de ligações, registros de geoposicionamento e deslocamentos entre Rio e São Paulo, as entregas de propina no escritório advocatício da esposa de Márcio Lobão.

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