Lava Jato de SP denuncia 14 pessoas por fraudes em obras do Rodoanel
Entre os envolvidos na organização criminosa está o então presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério Público Federal (MPF), por meio da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo (SP), denunciou nesta sexta-feira (27/7) 14 pessoas acusadas de integrarem uma organização criminosa para fraudar licitações dos lotes 1, 2 e 3 do trecho norte do Rodoanel. Os acusados são agentes públicos da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), empresa de economia mista responsável pela obra, e funcionários das construtoras responsáveis por esses lotes – OAS, Mendes Júnior e Isolux.
A denúncia aponta que os envolvidos violaram artigos da lei de licitações, possibilitando vantagem ao contratado por meio de modificação de contrato sem autorização legal e fraudando licitação por meio de superfaturamento, onerando os cofres públicos.
Segundo a denúncia, que é a primeira da Pedra no Caminho, a organização criminosa operou fraudes no trecho norte do Rodoanel entre outubro de 2014 até a deflagração da operação, em junho passado. Trata-se de obra da última etapa do anel viário que ligará os trechos leste, oeste e o acesso ao aeroporto de Guarulhos (SP).
Envolvidos
Os 14 denunciados são acusados pelo crime de organização criminosa, em três núcleos com características distintas: econômico, administrativo e financeiro. No setor econômico da organização, participaram representantes das construtoras Mendes Júnior, Isolux e OAS.
No núcleo administrativo, participavam 10 servidores da Dersa, entre eles o então presidente, Laurence Casagrande Lourenço, que ocupou o cargo até maio de 2017 e o acumulou por um período com a função de secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, e o ex-diretor de engenharia da empresa, Pedro da Silva, de acordo com informações do MPF. Ambos estão presos preventivamente por ordem da 5ª Vara Federal Criminal de São Paulo.