Justiça tranca ação contra Boulos no caso de invasão no tríplex
Para os magistrados que avaliaram recurso, não há “indícios mínimos” que justifiquem o seguimento do processo contra ele
atualizado
Compartilhar notícia
A Justiça Federal de São Paulo trancou a ação penal em que o ex-candidato à presidência da República Guilherme Boulos (PSol) era acusado de invadir um tríplex no Guarujá – imóvel atribuído ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da Lava Jato.
Ao julgar o caso, os magistrados entenderam que não havia “indícios mínimos” que justificassem o seguimento do processo. A informação foi confirmada pela assessoria de Boulos.
Em fevereiro, o ativista tornou-se réu depois de a 6ª Vara Federal de Santos (SP) aceitar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra ele.
O advogado entrou com pedido de habeas corpus na 1ª Turma Recursal do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), onde obteve a vitória.
Ele alegava que não fazia sentido o MPF alegar “destruição de coisa própria”, como se Lula e Boulos tivessem participado de um ato contra uma propriedade do petista que estava bloqueada pela Justiça.
Lula chegou a ser condenado por causa do tríplex, mas a sentença foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou que o então juiz Sergio Moro foi parcial na condução do processo contra ele.
“Como sempre dissemos, todo este processo do tríplex é uma farsa, incluindo esta acusação sem pé nem cabeça que foi apresentada contra mim e outros companheiros do MTST”, comenta Boulos. “Esta decisão do TRF-3 de acabar com a ação penal, apontando que ela não fazia nenhum sentido, desfaz de vez esta farsa. E comprova, mais uma vez, que algumas figuras tentam manipular a Justiça brasileira para perseguir lideranças e movimentos de esquerda”, diz nota da assessoria de Boulos.