Justiça suspende compra de blindados que custariam R$ 5 bilhões
Os blindados, conhecidos como “caça-tanques”, custariam R$ 5 bilhões. Contrato seria firmado nesta segunda-feira pelo Ministério da Defesa
atualizado
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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu, nesta segunda-feira (5/12), suspender o contrato que seria firmado pelo Exército Brasileiro hoje para a compra de 95 blindados italianos. O material, nomeado como “caça-tanques”, custaria R$ 5 bilhões. A medida é em caráter liminar.
Assinada pelo desembargador Wilson Alves de Souza, a medida atendeu a uma ação popular apresentada pelo advogado Charlles Capella de Abreu. Como argumento, o requerente fez um contraponto entre a compra dos veículos militares e as suspensões orçamentárias feitas em diversas pastas do governo.
“Nesse contexto, vê-se claramente que o ato atacado não atende aos pressupostos de conveniência e oportunidade, pois são evidentes a falta de razoabilidade, o desvio de finalidade, a ilegalidade e até mesmo de elementar bom senso, pois outra classificação não há quando, ao mesmo tempo em que se fazem cortes de verbas da educação e da saúde por falta de dinheiro, pretende-se comprar armas em tempos de paz”, pontuou em trecho da peça.
A princípio, os blindados seriam comprados do consórcio italiano Iveco-Oto Melara (CIO), das empresas Iveco Veículos de Defesa e Leonardo. A Força Militar, por meio do Ministério da Defesa, assinaria o contrato já nesta segunda. Com a suspensão, que é de caráter liminar, o Exército fica impedido de firmar o contrato com a empresa momentaneamente.
Embora não participe de guerras, o governo brasileiro havia escolhido o que há de melhor no padrão internacional. O blindado é um “caça-tanques”, com tração 8×8 e canhão 120 mm de longo alcance, capaz de disparar munições especiais. Os novos armamentos do Exército iriam substituir as viaturas de reconhecimento Cascavel.