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Justiça quebra sigilo de empresários que se vacinaram às escondidas

Empresários mineiros são acusados de importar doses da vacina da Pfizer para aplicação individual, sem doação ao SUS

atualizado

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Pedro França/Agência Senado
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1 de 1 empresario - Foto: Pedro França/Agência Senado

Empresários mineiros do setor de transporte acusados de furar a fila da vacinação terão o sigilo telemático quebrado pela Polícia Federal, após autorização da Justiça Federal de Minas Gerais. O caso foi noticiado pela revista Piauí.

A decisão é do juiz Rodrigo Pessoa Pereira da Silva, da 35ª Vara Federal de Belo Horizonte. O magistrado defendeu haver “indícios de burla à regras de preferência na ordem de imunização” e que as condutas dos empresários são “inadmissíveis”. São informações da Folha de S.Paulo.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) abriram inquérito para investigar o ocorrido. A reportagem revelou que políticos e empresários do estado tomaram as duas doses da Pfizer contra o coronavírus e não repassaram os imunizantes ao SUS.

Entre o grupo de empresários que serão investigados, está o ex-senador Clésio Andrade. Ele e a família foram imunizados na terça-feira (23/3), em Belo Horizonte. Clésio, além de já ter sido vice-governador de Minas Gerais, também é conhecido pelo envolvimento no esquema do mensalão.

A maioria dos vacinados era do ramo de transporte no estado. A enfermeira responsável pela aplicação das doses acabou se atrasando, pois estava imunizando outras pessoas do grupo na Belgo Mineira, mineradora que pertencente à ArcellorMittal Aços. A siderúrgica afirmou não ter comprado nenhuma vacina.

Existe uma lei aprovada pelo Congresso Nacional que autoriza a compra de vacinas de forma privada. Mas o SUS obriga que todas as doses sejam doadas, até que os grupos de risco, compostos por cerca de 77,2 milhões pessoas, sejam imunizados.

A compra das doses foi de natureza própria dos investigados. A revista publicou que as vacinas não foram repassadas ao SUS e beneficiaram cerca de 50 pessoas. Para cada pessoa, foram desembolsados R$ 600.

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Vacina da Pfizer
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Ex-senador Clésio Andrade é investigado

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Vacina da Pfizer

Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images

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