Justiça pode quebrar sigilo bancário de homem que esfaqueou Bolsonaro
Celulares e notebook de Adélio Bispo de Oliveira já foram encaminhados à Polícia Federal em Brasília, para passarem por perícia
atualizado
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Além da quebra de sigilo dos dados de quatro celulares e um notebook de Adélio Bispo de Oliveira, autor do ataque contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) na quinta-feira (6/9), em Juiz de Fora (MG), a Justiça deve autorizar ainda a quebra do sigilo bancário do agressor. O objetivo é apurar a possibilidade de haver outros envolvidos no atentado.
A autorização para recolher os aparelhos eletrônicos, encontrados no quarto da pensão onde estava morando Adélio Bispo, e submetê-los a perícia foi dada pela juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, da 2ª Vara Federal de Juiz de Fora.
Diante disso, policiais federais de Brasília e Belo Horizonte que estavam no município mineiro levaram o material, neste sábado (8), à sede da Polícia Federal (PF) na capital federal. A investigação vai ser conduzida no DF.
Oliveira deixou Juiz de Fora na manhã deste sábado, transferido para um presídio federal de Campo Grande (MS). A determinação também é da juíza Patrícia Alencar. Acompanhado por quatro advogados, o acusado prestou um terceiro depoimento antes de deixar a cidade de Juiz de Fora.
A principal linha de investigação é que ele tenha agido sozinho no momento do crime, mas nenhuma possibilidade está descartada. Até agora, não foram comprovados vínculos de outros detidos durante a passeata na Praça Halfed, onde ocorreu a ação contra o candidato.
Anteriormente, tinha se levantado a hipótese de que Hugo Ricardo Bernardo e Bruno Pereira da Silva, detidos por confrontos com grupos pró-Bolsonaro, teriam participado da ação. Porém, nenhum vínculo dos dois homens com Oliveira foi identificado até o momento.
Já uma mulher que aparece supostamente passando a faca para Adélio em vídeos replicados em grupos do WhatsApp já foi identificada pela polícia e prestará depoimento, mas também não há provas de seu envolvimento com o crime. O vídeo, segundo o policial, passará por perícia.
O caso
Jair Bolsonaro foi esfaqueado no meio de uma multidão de apoiadores, durante ato de campanha eleitoral em Juiz de Fora. O autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, foi contido e preso em flagrante.
O candidato à Presidência da República foi encaminhado para a Santa Casa de Misericórdia do município, onde passou por cirurgia. Posteriormente, o postulante ao Planalto foi levado para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Segundo boletim divulgado na tarde deste sábado, Bolsonaro se recupera bem. (Com informações da Agência Estado)