Justiça nega habeas corpus e Puccinelli continua preso em MS
O ex-governador está preso há 46 dias por supostos crimes de corrupção em obras públicas do Mato Grosso do Sul
atualizado
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A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) negou habeas corpus impetrado pela defesa do ex-governador do Mato Grosso do Sul André Puccinelli (MDB), que pediu a sua libertação.
Puccinelli está preso há 46 dias, em Campo Grande. No julgamento do mérito da medida, o colegiado decidiu por maioria de votos – dois a favor, um contra – acompanhar o entendimento do desembargador federal Maurício Kato, que já havia negado a concessão de liminar para libertar o político.
O ex-governador foi preso no âmbito da Operação Papiros de Lama, a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, que apura crimes de corrupção em obras públicas do estado durante a gestão do emedebista. No julgamento de segunda (3/9), o desembargador relator da ação no tribunal, Paulo Fontes, votou favoravelmente à libertação de Puccinelli e de seu filho, André Puccinelli Júnior, preso junto com o pai. No entanto, Kato e o desembargador André Nekatschalow votaram pela manutenção da prisão.
A defesa de Puccinelli deve entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-governador era o nome indicado pelo MDB para disputar o governo do Estado nas eleições deste ano. Após sua prisão, ele acabou desistindo da candidatura. O partido lançou ao governo a senadora emedebista Simone Tebet, mas ela também desistiu de concorrer, duas semanas após ter se seu nome anunciado. A vaga de candidato do MDB foi assumida pelo deputado estadual Junior Mochi.