Justiça decreta prisão de falso embaixador da ONU que forjou sequestro
Marcelo Henrique Morato Castilho fingia ocupar cargos de alto escalão para aplicar golpes em mulheres, com a ajuda da própria mãe
atualizado
Compartilhar notícia
A juíza Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira, da 5º Vara Criminal de São José do Rio Preto (SP), decretou a prisão preventiva do advogado Marcelo Henrique Morato Castilho, suspeito de fingir ocupar cargos de alto escalão, como de embaixador da Organização das Nações Unidas (ONU), para aplicar golpes em mulheres. A informação é do portal G1.
Na decisão, consta que Marcelo Castilho, com a ajuda da própria mãe, teria se aproximado de uma das vítimas dizendo ser ex-juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).
O advogado e a mulher iniciaram um relacionamento e, em pouco tempo, decidiram se casar. Marcelo, então, começou a fazer diversas exigências sobre a cerimônia, convencendo a vítima a arcar com as despesas.
“Dois dias antes do casamento, o réu teria desaparecido, fazendo com que chegasse até a vítima fotos dele amarrado e ajoelhado, simulando que fora sequestrado. A corré [mãe] teria corroborado a farsa, dizendo à vítima que os sequestrados exigiam o pagamento do resgate em espécie”, escreveu a juíza em um trecho da decisão.
Depois do fato ter sido amplamente divulgado pela mídia, outras mulheres se apresentaram à autoridade policial relatando ter sofrido golpe semelhante, segundo informações que constam no processo.
Para a juíza Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira, os elementos colhidos indicam profissionalismo de Marcelo na prática de crimes de estelionato contra diversas vítimas mulheres, passando-se por pessoa da alta sociedade e convencendo-as a arcar com despesas de viagem, casamento, dentre outras.