Justiça de SP condena Eduardo Bolsonaro a indenizar repórter da Folha
Parlamentar terá que pagar R$ 30 mil para jornalista; valor cobre indenização e honorários advocatícios
atualizado
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A 11ª Vara Cível de São Paulo condenou, nessa quarta-feira (20/1), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a indenizar por danos morais a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, em R$ 30 mil. O parlamentar ainda pode recorrer da sentença.
Além da indenização, Eduardo terá que arcar com o pagamento de custas processuais e honorários advocatícios no valor de 15% da condenação. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O deputado federal afirmou que a repórter “tentava seduzir” fontes do Palácio do Planalto para conseguir informações que, segundo ele, seriam prejudiciais ao pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Essa Patrícia Campos Mello, que, vale lembrar, tentou seduzir o Hans River. Não venha me dizer que é só homem que assedia mulher não, mulher assedia homem, tá. Tentando fazer uma insinuação sexual para obter uma vantagem, de entrar na casa do Hans River, ter acesso ao laptop dele e tentar ali, achar alguma coisa contra Jair Bolsonaro, que não achou”, afirmou Eduardo, à época.
O deputado ainda acusou a jornalista de “inventar notícias” em 2018, durante a campanha presidencial do pai. De acordo com a Justiça, os R$ 30 mil decorrem da “punição pelo ato ilícito cometido e para reparar a vítima de sofrimento moral experimentado”.
O Metrópoles tenta contato com a assessoria de imprensa do parlamentar para comentar a decisão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.