metropoles.com

Justiça de Portugal arquiva extradição do empresário Raul Schmidt

Decisão da Corte aconteceu após o Supremo Tribunal de Justiça português afirmar que “esgotou o prazo de apresentação às autoridades”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Youtube/Reprodução
Raul Schmidt Felipe
1 de 1 Raul Schmidt Felipe - Foto: Youtube/Reprodução

O Tribunal da Relação de Lisboa arquivou o processo de extradição ao Brasil do empresário Raul Schmidt. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (24/5), após o juiz conselheiro Manuel Joaquim Braz, da 5ª Seção Criminal do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal, afirmar que esgotado o prazo de entrega do empresário às autoridades brasileiras torna-se “ilegal a sua detenção para esse efeito, seja porque período for”.

A defesa do empresário entrou com petição no Supremo Tribunal de Justiça português, na segunda-feira (21), comunicando o descumprimento do prazo que determinou a soltura de Schmidt.

De acordo com a decisão do Tribunal de Relação de Lisboa, “por força desse despacho do Sr. Conselheiro Relator (do Supremo Tribunal de Justiça) e do acórdão de 3 de maio (que concedeu o habeas corpus ao empresário), determina-se o cancelamento da ordem de extradição, arquivando-se por consequência os respectivos autos”.

Acusação
Alvo da 25ª fase da Lava Jato, ainda em março de 2016, Schmidt teve a prisão preventiva decretada por Moro após as investigações o apontarem como operador financeiro e preposto de empresas internacionais interessadas em obter contratos com a Petrobras. À época, ele chegou a ser detido em Lisboa, mas acabou solto.

O Ministério Público Federal (MPF) suspeita que Schmidt tenha recebido em torno de R$ 200 milhões em propina, tratando-se do “fugitivo com maior patrimônio desviado dos cofres públicos brasileiros”.  Ele teria facilitado desvios praticados por três ex-diretores da Petrobras: Renato Duque, Jorge Zelada e Nestor Cerveró.

Outro lado
A defesa de Raul Schmidt afirmou, em nota, que um novo pedido de extradição é juridicamente inviável, “pois violaria a proibição de duplo julgamento pelos mesmos fatos e o Brasil não tem como prometer reciprocidade de tratamento a Portugal, pois Raul Schmidt é cidadão português nato”.

De acordo com a nota, trata-se de decisão histórica e que reafirma a autonomia e independência dos respectivos Poderes Judiciários de Portugal e do Brasil. “Ganham o cidadão e o Estado Democrático de Direito”, diz trecho.

Em abril, o Metrópoles revelou que o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (European Court of Human Rights) negou, em medida cautelar, o pedido de extradição de Raul Schmidt, um dos operadores da Lava Jato. A Justiça do Brasil tentava trazer de volta ao país, até o dia 2 de maio, o luso-brasileiro, preso na cidade portuguesa de Sabugal em fevereiro, durante operação conjunta da Polícia Federal e da Interpol.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?