metropoles.com

Justiça aceita denúncia e Temer vira réu no caso da mala com dinheiro

Decisão é de juiz da 15ª Vara de Justiça Federal, em Brasília, e atende pedido do Ministério Público Federal. Dinheiro seria propina da J&F

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Michel Temer prisão cadeia
1 de 1 Michel Temer prisão cadeia - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O juiz da 15ª Vara de Justiça Federal em Brasília, Rodrigo Bentemuller, acolheu a denúncia do Ministério Público e tornou réu o ex-presidente Michel Temer por corrupção passiva no caso da mala de R$ 500 mil da JBS. O ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, já é réu no mesmo processo, por recebimento da mala do ex-executivo.

Segundo a denúncia oferecida à época e ratificada pelo procurador da República Carlos Henrique Martins Lima, os pagamentos poderiam chegar ao patamar de R$ 38 milhões ao longo de nove meses. Com o fim do foro privilegiado de Temer, o processo foi remetido à primeira instância e tramita na 15ª Vara Federal, em segredo de Justiça.

Confira a íntegra da decisão do juiz Rodrigo Bentemuller:

Decisão Judicial by on Scribd

Em abril de 2017, o então assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures foi filmado, em ação controlada da Polícia Federal, recebendo uma mala com R$ 500 mil do executivo da JBS Ricardo Saud. Ele foi um dos alvos da Operação Patmos, deflagrada em maio daquele ano, com base na delação da holding.

Temer e Loures foram denunciados pela suposta propina. No entanto, para o ex-presidente, a abertura de ação foi barrada em votação na Câmara federal. Como não tinha mais foro privilegiado, Rocha Loures passou a se defender do processo na 10ª Vara Federal de Brasília.

Segundo o Ministério Público Federal, Rocha Loures supostamente agiu em nome de Temer e na condição de “homem de confiança” do presidente para interceder junto à diretoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – órgão antitruste do governo federal – em benefício da JBS. Delatores da JBS dizem que foi prometida uma “aposentadoria” de R$ 500 mil semanais durante 20 anos ao peemedebista e ao presidente Temer.

Prisão
Antes de se tornar réu, o ex-presidente foi preso por inquéritos referentes a desmembramentos da Operação Lava Jato. Quatro dias após a ordem de prisão, o desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), determinou a soltura do ex-presidente.

A operação que prendeu o ex-presidente se chama Descontaminação e cumpriu oito mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e Paraná, além do DF. Parte da apuração se refere ao pagamento de propinas para a construção da usina Angra 3, no Rio de Janeiro.

Na mesma Operação Descontaminação, também foram presos o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) e o coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer e apontado pelas investigações da Lava Jato como intermediário dos pagamentos de propinas ao ex-presidente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?