Justiça aceita denúncia e Serra vira réu por lavagem de dinheiro
Segundo as acusações, o senador usou o cargo de governador de São Paulo, à época, para receber propinas da Odebrecht
atualizado
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O juiz Diego Paes Moreira, da Justiça de São Paulo, aceitou nesta quarta-feira (29/7) a denúncia da força-tarefa da Lava Jato contra o senador José Serra (PSDB). Ele foi acusado de lavagem de dinheiro transnacional.
De acordo com a força-tarefa, o ex-governador teria cometido crimes até 2014. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que crimes atribuídos a Serra cometidos até 2010 estavam prescritos.
Segundo a denúncia, nos anos de 2006 e 2007, Serra “valeu-se de seu cargo e de sua influência política para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul”.
“Milhões de reais foram pagos pela empreiteira por meio de uma sofisticada rede de offshores no exterior, para que o real beneficiário dos valores não fosse detectado pelos órgãos de controle”, diz o órgão.
De acordo com as investigações, Serra e Verônica Serra – filha dele – constituíram empresas no exterior, ocultando seus nomes, e por meio delas receberam os pagamentos que a Odebrecht destinou ao então governador paulista. Serra governou o estado de São Paulo de 2007 a 2010.