metropoles.com

Justiça abre ação contra Beto Richa por propinas de R$ 7,5 mi

Paulo Sérgio Ribeiro aceitou denúncia contra o ex-governador do Paraná e outros seis acusados no âmbito da Operação Piloto

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
foto colorida de Beto Richa
1 de 1 foto colorida de Beto Richa - Foto: null

A Justiça Federal no Paraná aceitou nesta segunda (01/07/2019), denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-governador Beto Richa (PSDB), seu irmão e ex-secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, “Pepe Richa”, seu primo, Luiz Abi Antoun, o ex-secretário de cerimonial Ezequias Moreira, o contador Dirceu Pupo Moreira e os executivos da Tucumann Engenharia Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller.

Os sete são acusados de terem cometido crimes de corrupção ativa e passiva, fraude licitatória e lavagem de dinheiro, relacionadas à licitação para Parceria Público Privada para exploração e duplicação da PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves, no noroeste do Paraná.

A decisão é do juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23.ª Vara Federal de Curitiba. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal no início de junho, no âmbito da “Operação Piloto“, deflagrada em setembro de 2018.

De acordo com a Procuradoria, Richa, Ezequias e “Pepe”, em conluio com Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller, fraudaram a licitação em favor do Consórcio Rota das Fronteiras, composto, entre outras, pela empresa Tucumann Engenharia e pela Odebrecht.

De acordo com o Ministério Público Federal, “para garantir o favorecimento do consórcio, o grupo criminoso integrado pelo ex-governador recebeu vantagens indevidas de cerca de R$ 7,5 milhões”.

Para garantir que o Consórcio Rota das Fronteiras vencesse a licitação, “executivos da Odebrecht ofereceram pelo menos R$ 4 milhões a Denilson Roldo, no interesse de Beto Richa, Pepe Richa e Ezequias Moreira”, indicou a Procuradoria. De acordo com a denúncia, Dirceu Pupo Moreira e Luiz Abi Antoun teriam atuado como intermediários.

Segundo a Lava Jato Beto Richa recebeu ainda R$ 3,4 milhões de Rafael Gluck e de José Maria Ribas Mueller, executivos da Tucumann Engenharia, por meio de cotas de um imóvel em valor subfaturado.

As prisões de Beto Richa
Em menos de um ano, entre 2018 e 2019, o Beto Richa foi preso três vezes, alvo da Procuradoria da República e do Ministério Público do Estado do Paraná. Em março passado, o ex-governador foi capturado na fase 4 da Operação Quadro Negro, por supostos desvios de R$ 22 milhões de escolas.

Richa havia sido detido também na Operação Radiopatrulha e na Operação Integração, desdobramento da Lava Jato na Justiça Federal. Em todas as vezes ele ganhou liberdade por conta de decisões judiciais.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE BETO RICHA

“Defesa reafirma que seu cliente não cometeu nenhuma irregularidade, e que sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos. Reiterando assim, a inocência do ex-governador e a confiança no Poder Judiciário”.

COM A PALAVRA, A TUCUMANN ENGENHARIA

A reportagem tenta contato com a Tucumann. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, OS OUTROS REÚS

A reportagem busca contato com todos réus da ação penal. O espaço está aberto para manifestações.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?