Juiz Marcelo Bretas condena cinco por desvios na Eletronuclear
Sentença diz respeito a crimes investigados na Operação Pripyat, desdobramento da Lava Jato, e delatados por executivos da Andrade Gutierrez
atualizado
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Cinco pessoas foram condenadas pela Justiça Federal no Rio de Janeiro, em primeira instância, por crimes relacionados a contratos da Eletronuclear, empresa controlada pela União e responsável pela construção e operação de usinas nucleares no país.
A sentença, emitida nesta sexta-feira (27) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, refere-se a crimes investigados a partir da Operação Pripyat, desdobramento da Lava Jato deflagrado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em 6 de julho de 2016. A investigação teve origem na delação premiada de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez.
A sentença divulgada nesta sexta-feira condenou: Luiz Messias e José Eduardo Costa Mattos a 4 anos e 6 meses de prisão cada, além do pagamento de cem dias-multa, por corrupção passiva; Delmo Pereira Vieira à mesma pena, por lavagem de ativos; Luiz Soares a 7 anos e 6 meses de cadeia e ao pagamento de 170 dias-multa pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; além de José Antunes Sobrinho, a 7 anos e 6 meses de prisão e ao pagamento de 170 dias-multa por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A reportagem não conseguiu localizar representantes dos cinco condenados nesta noite.O principal investigado pela Operação Pripyat foi o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva, condenado anteriormente.