metropoles.com

Juiz do DF custa R$ 55,1 mil por mês, mais que a média nacional

Segundo relatório do CNJ, em nível estadual, a média mais alta é no Mato Grosso do Sul — R$ 95.895 a cada mês

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
iStock
Processos
1 de 1 Processos - Foto: iStock

A corrida dos brasileiros pelo Judiciário tornou-se mais intensa. É o que mostra o Relatório Justiça em Números, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e divulgado nesta segunda-feira (4/9). Os tribunais fecharam o ano de 2016 com 79,7 milhões de processos em tramitação, sendo 29,4 milhões casos novos.

De acordo com o estudo, o Judiciário teve um custo total de R$ 84,8 bilhões no período analisado, ou R$ 411,73 por habitante. Nacionalmente, o gasto médio mensal com magistrado ficou em R$ 47,7 mil. No âmbito estadual, o valor é maior — R$ 49 mil.

No Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), a despesa média mensal foi de R$ 55.171 por magistrado. Cada servidor da Corte local custou R$ 17,6 mil. No de Mato Grosso do Sul, foram pagos a cada juiz uma média mensal de R$ 95.895, o valor mais alto apurado pelo CNJ.

Reprodução

Segundo o estudo, a cada grupo de 100 mil habitantes, em média, 12,9 mil ajuizaram ações ao longo do ano passado. Houve um crescimento de 5,6% de casos novos em relação ao ano de 2015. Em 2016, 30,8 milhões de ações foram julgadas.

No entanto, a solução para as pendências nem sempre é rápida. Ainda de acordo com o estudo, a taxa de congestionamento, que mede o percentual de processos que não baixaram durante o ano, continua alta: 73%. Significa dizer que, de cada 100 ações, apenas 27 foram solucionadas.

“Há uma demanda grande ainda a ser satisfeita. Mas os esforços são para que ela não deixe de ser solucionada, em tempo razoável. O Poder Judiciário quer se mostrar, com transparência, justamente porque quer se aperfeiçoar”, destacou a presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, ao apresentar o documento nesta tarde.

Levando-se em conta casos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório aguardando situação jurídica futura, a taxa cai para 69,3%. “A produtividade dos magistrados é alta, mas, ao mesmo tempo, o estoque de processos não para de crescer. É necessário realmente repensar algumas questões”, diz a pesquisadora do CNJ Gabriela Azevedo Moreira Soares.

Força de trabalho
De acordo com o Justiça em Números, só no ano passado, cada juiz solucionou 1.749 processos – mais de sete ações por dia. É o quarto ano seguido que houve queda no percentual de recursos judiciais. A tendência, iniciada em 2013, está relacionada às Justiças tanto de 1° quanto de 2° graus.

Pelo relatório, quanto mais próximo das instâncias superiores, maior a taxa de recorribilidade. Os casos recursais tomam 89,4% da carga de trabalho dos tribunais superiores.

No âmbito local, 1.180.350 processos tramitaram no ano passado no TJDFT. O trabalho foi distribuído entre os 383 magistrados e 11.851 servidores. A despesa total da Corte, considerada de médio porte, em 2016, chegou a R$ 2.511.564.587.

Justiça em Números
Principal fonte das estatísticas oficiais do Poder Judiciário, o Relatório Justiça em Números é feito desde 2004. O estudo divulga a realidade dos tribunais brasileiros, com detalhamentos da estrutura e litigiosidade, além dos indicadores e das análises essenciais para subsidiar a Gestão Judiciária brasileira.

Segundo a ministra Cármen Lúcia, a partir desses dados serão analisadas as políticas públicas para o ano de 2018. “Queremos ser um Poder Judiciário muito melhor para um país que merece um Judiciário muito melhor”, ressaltou.

Vice-presidente do STF e também do CNJ, o ministro Dias Toffoli destacou a importância de haver transparência nas esferas judiciais: “É necessário que todos os cidadãos do país saibam o que acontece no Judiciário. Somos, antes de mais nada, servidores públicos”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?