Sem protagonismo: interventor evita revelar nomes do caso Marielle
Para o general Walter Souza Braga Netto, que comandou a segurança pública no Rio, investigação vai chegar a resultado em breve
atualizado
Compartilhar notícia
Ainda interventor federal na segurança do Rio de Janeiro, o comandante militar do Leste, general Walter Souza Braga Netto, disse nesta sexta-feira (11/1) que não anunciou o nome dos envolvidos na execução da vereadora Marielle Franco (PSol) porque não busca protagonismo. Ele admitiu sentir frustração pelo fato de a investigação não ter sido concluída durante seu período no comando da segurança pública do estado. O crime completa um ano em 14 de março deste ano.
“Lógico que eu gostaria de ter entregado o caso, mas o próprio novo chefe de Homicídios [delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa] deu uma entrevista dizendo que já tomou conhecimento e viu que está muito adiantado [o trabalho de investigação]”, explicou. “Nós fizemos todo um trabalho. Não procuramos protagonismo. Eu poderia ter anunciado quem a gente acha que foi, dito ao Richard [Nunes, ex-secretário de Segurança] para anunciar. Mas a gente quis fazer um trabalho profissional. Tenho confiança que, se mantiver as equipes que estavam na investigação, vão chegar a um resultado em breve”, disse o general de exército.
Embora o decreto presidencial de intervenção tenha se encerrado em 31 de dezembro, Braga Netto ainda desempenha funções administrativas, na gestão de contratos e do legado da intervenção, fase que será concluída em junho. Ele deve assumir uma nova função em Brasília, a ser definida em fevereiro. O general, por isso, será substituído na gestão burocrática do legado, o que inclui entregas de equipamentos.
“Eu não mais comando as forças de segurança, mas fico interventor para publicar atos oficiais”, disse o general.
Braga Netto já manteve reuniões com o novo governador do Rio, Wilson Witzel, e elencou a ele 10 prioridades para a área de segurança – ele não quis comentar quais.