Interferência na PF: Moraes prorroga por 90 dias ação contra Bolsonaro
O caso está parado no Supremo, que precisa definir o modelo do depoimento do presidente – se será presencial ou por escrito
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta terça-feira (20/7) por 90 dias o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir na Polícia Federal. As investigações foram abertas após acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.
“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, contados a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de julho), o presente inquérito”, diz o despacho de Moraes.
O inquérito foi aberto no ano passado pelo STF, que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Quando anunciou a saída do ministério, Moro disse que Bolsonaro tentou interferir em investigações da PF ao cobrar a troca do chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro e ao exonerar o então diretor-geral da corporação, Mauricio Valeixo, indicado por Moro. O objetivo, segundo o ex-ministro, seria blindar investigações de aliados.
O prazo para a PF concluir as investigações se encerra no dia 27 de julho, mas ainda falta o Supremo definir o modelo do depoimento do presidente – se será presencial ou por escrito. Esse julgamento está programado para setembro.