Grupo de Cabral e Pezão cobrou propina em obras para asfaltar cidades
Repasse de 8% sobre valor dos contratos era feito por sete empresas que venceram a disputa no programa “Asfalto na Porta”
atualizado
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A Polícia Federal revelou que conseguiu reunir provas de que o grupo liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral e o atual governador Luiz Fernando Pezão cobrou propina em contratos para
levar asfalto para as cidades fluminenses. O repasse de recursos foi feito supostamente por sete empresas que venceram a disputa para tocarem o programa “Asfalto na Porta”, orçado em R$ 700 milhões. As informações são do jornal O Globo.
Segundo a PF, cada empresa repassava 8% dos valores dos contratos. O programa foi lançado em 2012 a partir de um empréstimo de R$ 3,6 bilhões, concedido pelo Banco do Brasil ao governo do Rio de Janeiro.
Uma das empresas que fez parte do suposto esquema foi a JR Pavimentação, do empresário Luís Alberto Gomes Gonçalves, o Beto, que teve sua prisão decretada durante a Operação Boca de Lobo, a mesma que levou Pezão à prisão. Beto se apresentou nesta sexta-feira à PF, prestou um longo depoimento e foi encaminhado ao presídio. O teor de seu depoimento não foi revelado.
A operação Boca de Lobo, da Polícia Federal, cumpriu nove mandados de prisão, entre eles o do governador Luiz Fernando Pezão. Ele é acusado de ter mantido em seu governo o esquema de propinas que já funcionava durante o governo de Sérgio Cabral, já preso. Os crimes apurados pela PF são corrupção, lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e outros crimes ligados à fraudes em licitações.