Greenfield pede R$ 5 bi em ação por fraudes em fundos de pensão
MPF quer reparação dos investimentos fraudulentos no FIP Florestal. O esquema teria sido articulado entre 2009 e 2015
atualizado
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A força-tarefa da Operação Greenfield entrou com ação de improbidade administrativa contra 16 pessoas e empresas por fraudes bilionárias contra participantes dos fundos de pensão Funcef e Petros. O Ministério Público Federal pede R$ 5,3 bilhões em multas e reparação de danos.
As empresas atingidas são Millar Importação e Exportação Ltda, Ribeiro Tristão Comissaria de Café Ltda e JR-M Partcipações Ltda.
Além da condenação e da restituição do prejuízo, os procuradores reivindicam o pagamento do triplo dos danos causados, bem como a reparação sobre o valor das propinas envolvidas.
O documento enviado à Justiça conta com algumas informações de colaborações premiadas, entre elas a de Joesley Batista.
O esquema foi articulado entre 2009 e 2015, em meio a aportes de capital dos fundos de pensão no FIP Florestal — cujos principais participantes eram Joesley Batista e Mário Celso Lopes, além das entidades previdenciárias.
Posteriormente, houve uma negociação para que a Florestal S/A fosse incorporada pela Eldorado S/A, também pertencente aos dois empresários citados. As manobras foram autorizadas pelos gestores dos fundos, em flagrante benefício a Joesley e Mário Celso.
A força-tarefa relata que os ex-executivos da Petros e da Funcef concordaram que fossem aportadas cifras milionárias no FIP Florestal, sem observarem deveres de diligência e análise de riscos.
As medidas adotadas receberam como “incentivos” pagamentos de propinas efetuados por Joesley.