Governador do Tocantins é intimado a depor na Polícia Federal
Marcelo Miranda foi intimado pela Operação Pontes de Papel que investiga supostos desvios de mais de R$ 400 milhões de construções
atualizado
Compartilhar notícia
O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), prestou depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (6/2) no âmbito da Operação Pontes de Papel, deflagrada pela manhã. A investigação mira supostos desvios de mais de R$ 400 milhões de valores que deveriam ser destinados à execução de obras públicas de construção de pontes e rodovias no estado.
Os valores gastos pelo estado nas obras investigadas chegaram, de acordo com a PF, a R$ 1,4 bilhão. A estimativa é de que foram desviados cerca de 30% dessa quantia.
Cerca de 160 policiais federais cumprem 59 mandados judiciais, sendo 31 mandados de intimação e 28 mandados de busca e apreensão nos Estados de Tocantins, Goiás, Bahia, Mato Grosso e Distrito Federal.A PF apura desvios de recursos públicos, fraudes licitatórias, peculatos, corrupções ativas, passivas, crimes contra o sistema financeiro, fraudes na execução de contratos administrativos e cartel de um esquema que teria se infiltrado no Governo do Estado do Tocantins.
“A investigação começou após solicitação do Superior Tribunal de Justiça para que a Polícia Federal promovesse a sistematização de dados relacionados a superfaturamento e ordens de pagamentos emitidas em determinados contratos, bem como identificação dos responsáveis pelos eventuais desvios”, informa a nota da PF.
Durante a apuração, os investigadores identificaram ‘que havia nas fraudes sempre o envolvimento de um núcleo político, um núcleo de empresários e um núcleo de servidores públicos e funcionários’. Neste, estariam incluídos os membros da comissão de licitação, fiscais, diversos comissionados e funcionários de empresa.
O nome da operação faz referência a construção de inúmeras pontes que não passaram de “papel”, tendo em vista a inexecução das obras.
Outro lado
Marcelo Miranda está tranquilo e diz que continuará colaborando com a Justiça, diz a defesa do governador.