Gilmar Mendes recebe pedido de liberdade para Joesley Batista
Para advogado, que não faz parte da defesa constituída do executivo, o empresário da JBS é acusado de um crime “não hediondo”
atualizado
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Chegou ao gabinete do ministro Gilmar Mendes um pedido de liberdade para Joesley Batista. O advogado, que não é defensor constituído do empresário, afirma ao Supremo que o executivo foi acusado de um crime que “não é hediondo”, referindo-se à Operação Tendão de Aquiles, em que é acusado da prática de insider trading.
O Ministério Público Federal denunciou à Justiça em outubro de 2017 os irmãos Joesley e Wesley Batista, principais acionistas do Grupo J&F, que controla a JBS, por insider trading e ganhos milionários da noite para o dia no mercado de ações e do dólar com suas próprias delações premiadas na Procuradoria-Geral da República.
O advogado João Marcos Cosso sustenta que Joesley “não praticou o crime imputado a ele, pois nenhum momento da denuncia” teria sido citado como “o autor do crime, e sim seu irmão Wesley Batista, não há claramente justa causa para a acusação mantê-lo preso”. “É razoável manter o paciente em liberdade para que possa provar mais tranquilamente o alegado, atitude democrática certamente que será aplaudida no meio jurídico”.
“A vista do exposto, pede-se em nome do bom direito, seja o presente pedido processado na forma legal, para ser ao final concedida a ordem impetrada, determinando-se o trancamento da ação penal, e a soltura do paciente ou seja deferida as mediadas cautelares do Artigo 319 do CPP, o que se pede como medida de Direito e de inteira Justiça”, pede.
A Operação Tendão de Aquiles e seus desdobramentos apontam que os irmãos da JBS fizeram uso das informações de sua própria delação para auferir lucros milionários no mercado financeiro e também por meio de operações no mercado da moeda americana.