Gilmar Mendes envia à PGR quatro ações contra Braga Netto
Os pedidos têm como base as supostas ameaças do ministro da Defesa, condicionando as eleições de 2022 à aprovação do voto impresso
atualizado
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou, nesta terça-feira (27/7), para a Procuradoria-Geral da República (PGR), quatro ações apresentadas à Corte contra o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, por supostas ameaças às eleições de 2022, condicionando-a ao voto impresso.
Cabe ao procurador-geral da República, Augusto Aras, decidir se há elementos para abrir uma investigação formal contra o ministro. O envio à PGR é uma medida de praxe.
Os pedidos foram protocolados pelos deputados Natália Bonavides (PT-RN), Bohn Gass (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP), Alexandre Frota (PSDB-SP) e pelo advogado Ronan Wielewski Botelho, com base em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Braga Netto teria, por meio de interlocutores, ameaçado o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), condicionando as eleições do ano que vem à aprovação do voto impresso, uma das bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ministro e presidente da Câmara negaram de forma superficial o ocorrido.
Após a denúncia vir à tona, parlamentares acionaram o Supremo pedindo que as supostas ameaças de Braga Netto sejam apuradas, diante do risco para a estabilidade democrática para o país. Deputados também se articulam para enterrar de vez a proposta, que deve ser analisada no próximo dia 5 de agosto.