Gilmar Mendes ao julgar Moro: “Maior escândalo judicial da história”
A 2ª Turma do STF decide se o ex-juiz da Lava Jato foi imparcial em casos relacionados ao ex-presidente Lula
atualizado
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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (9/3), ao votar sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, que vai “explicitar as condições do surgimento e funcionamento do maior escândalo judicial da nossa historia”. A declaração faz referência à Operação Lava Jato.
“Pretendo contextualizar os fatos aqui narrados com a experiências históricas trazidas pela Operação Lava Jato. O presente voto não apenas descreve uma cadeia sucessivas de atos lesivos ao compromisso de imparcialidade. Ele explicita as condições do surgimento e funcionamento do maior escândalo judicial da nossa história”, disse o ministro.
A 2ª Turma da Corte julga o recurso, um habeas corpus, movido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao alegar a suspeição de Moro, os advogados querem que a Justiça reconheça que o ex-juiz não foi imparcial nos processos e que, por isso, as condenações contra Lula devem ser revertidas, e as provas, anuladas.
Até o momento, o placar está em 2 a 0 contra Lula: no começo da análise, em dezembro de 2018, os ministros Cármen Lúcia e Edson Fachin votaram contra o pedido de suspeição.