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Gilmar critica Lava Jato e diz que operação estava em “outra estratosfera”

Para o ministro da Suprema Corte, a força-tarefa não morreu, nem foi assassinada: cometeu suicídio

atualizado

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1 de 1 gilmar mendes - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse, nesta sexta-feira (5/2), em entrevista à rede CNN Brasil, que a força-tarefa da Lava Jato estava em uma outra “estratosfera”.

Nessa quarta-feira (3/2), o Ministério Público Federal (MPF) anunciou o fim da Lava Jato no Paraná. Alguns procuradores que atuavam na operação passam a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

“Nós vivemos esses momentos todos da Lava Jato e tivemos altos e baixos. Certamente, a operação tem méritos de combate à corrupção, mas tudo indica que a PGR detectou ali uma desinstitualização”, disse o ministro do STF.

Gilmar Mendes reforçou o discurso ao contextualizar com as mensagens trocadas entre procuradores da força-tarefa no Paraná, reveladas pelo site The Intercept Brasil em uma série de reportagens conhecida como “Vaza Jato”.

“Todos esses fatos que vêm sendo revelados indicam que a Lava Jato estava em outra estratosfera – sequer pertencia ao Ministério Público Federal, à Procuradoria-Geral”, pontuou.

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Relator da ação, o ministro Gilmar Mendes defendeu a descriminalização do porte apenas de maconha para consumo pessoal. Anteriormente, ele havia defendido que a medida fosse aplicada a todos os entorpecentes
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes
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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes

EBC
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Relator da ação, o ministro Gilmar Mendes defendeu a descriminalização do porte apenas de maconha para consumo pessoal. Anteriormente, ele havia defendido que a medida fosse aplicada a todos os entorpecentes

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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes

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“Não se vê a presença de nenhum corregedor. Quem é o chefe da operação? É o [Sergio] Moro, a quem eles chamam também de ‘Russo’. Tudo isso é muito sintomático, de um total deslocamento institucional”, complementou.

Por fim, o ministro ressaltou, sobre o fim da operação no Paraná, que a Lava Jato não morreu, nem foi assassinada, mas “cometeu um suicídio”.

Vacinação

Ainda durante a entrevista, Gilmar Mendes elogiou os novos presidentes da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), por defenderem a vacinação contra o novo coronavírus.

“Fiquei contente de ver os novos líderes do Congresso defendendo a vacinação. Acho que esse processo estará em andamento o mais rápido possível”, afirmou.

O ministro, no entanto, apontou uma série de defeitos no processo de vacinação estabelecido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Talvez pudéssemos ter tido um mulher desempenho. Acho que claudicamos bastante. Não somos capazes de produzir a vacina, não temos insumos, nos demos ao luxo de brigar com a China, não compramos vacinas de outros países. Portanto, estamos iniciando de uma maneira muito incipiente a vacinação”, assinalou.

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