Gerente é condenado a 30 anos por matar e estuprar feminista
O acusado, Willy Gorayaeb Liger, matou a vítima com golpes de bastão. Eles se conheceram em uma casa noturna, um dia antes do assassinato
atualizado
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Um gerente de bar foi condenado a 30 anos e 6 meses de prisão por estuprar e matar, com um taco de beisebol, a ativista feminista Debora Soriano de Melo. Ela foi assassinada em 2016, aos 23 anos, em um bar na Mooca, zona oeste de São Paulo.
O julgamento ocorreu nessa quinta-feira (09/01/2020), no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O gerente acusado, Willy Gorayaeb Liger, de 29 anos, é primo do dono do bar, onde ocorreu o crime.
Os jurados reconheceram que Willy matou a vítima com golpes de bastão para assegurar a impunidade do estupro anteriormente praticado.
Entenda
Willy conheceu Débora em uma casa noturna um dia antes do crime. No dia seguinte após a festa, os dois foram com um grupo de amigos ao bar em que o condenado trabalhava.
Duas horas depois, a maioria foi embora e Débora ficou sozinha com o rapaz. “O crime teria ocorrido quando o casal ficou a sós, com as portas do estabelecimento fechadas”, explica, em nota, o tribunal.
O acusado fugiu após o crime e foi preso dias depois na Bahia. Ele assumiu ter matado a jovem, mas alegou lapso de memória quanto ao estupro.
Julgamento
Na sentença, o juiz Luis Gustavo Esteves Ferreira destacou que o crime “foi cometido pelo acusado com brutalidade incomum, incompatível com o mais elementar sentimento de piedade humana.”
A pena foi fixada em 30 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicial fechado, sob a acusação de feminicídio qualificado e estupro.