Geddel, Cunha e mais 16 são denunciados por supostas fraudes na Caixa
Segundo as investigações, a estrutura que dava suporte à prática das irregularidades no banco era sustentada por três frentes
atualizado
Compartilhar notícia
A 10ª Vara da Justiça Federal em Brasília recebeu, na quinta-feira (4/10) quatro denúncias relacionadas às apurações da Operação Cui Bono, que mira em irregularidades em operações da Caixa em troca de pagamento de propina. Os documentos foram encaminhados pelo Ministério Público Federal (MPF). As informações são da GloboNews.
Segundo a reportagem, a lista de denunciados conta com o ex-ministro Geddel Vieira Lima, os ex-deputados e presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, além do operador Lúcio Funaro e do ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto.
Todos são acusados de cometer crime de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Mais de R$ 3 bilhões foram pedidos por procuradores para multa e reparação de danos. O MPF identificou repasses que somam R$ 89,5 milhões a Eduardo Cunha de 2011 a 2015, além de R$ 17,9 milhões a Geddel Vieira Lima de 2012 a 2015 e R$ 6,7 milhões a Henrique Alves de 2012 a 2014.
Também foram denunciados Alexandre Margotto, ex-auxiliar de Funaro; Altair Alves Pinto, apontado como operador de Eduardo Cunha; Eduardo Montagna de Assumpção; Henrique Constatino, sócio da Gol; Hugo Fernandes da Silva Neto, operador ligado a Funaro; José Carlos Grubisich Filho, ex-presidente da Eldorado Celulose; Marcos Antonio Molina dos Santos, executivo do Grupo Marfrig; Natalino Bertin, sócio do grupo Bertin; Reinaldo Bertin, sócio do grupo Bertin; Roberto Derziê, ex-vice-presidente da Caixa; Sidney Norberto Szabo, apontado como operador de Eduardo Cunha; Silmar Bertin, sócio do grupo Bertin; e Wellington Ferreira da Costa, ex-assessor de Henrique Alves.
Ainda segundo o órgão, as denúncias têm relação com as operações de créditos aos grupos Marfrig, Bertin, J&F Grupo BR Vias e Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários. Parte das acusações refere-se ainda a duas operações com recursos do FI-FGTS.
Segundo as investigações, a estrutura que dava suporte à prática das irregularidades no banco era sustentada por três frentes: o grupo empresarial, o de empregados públicos que operavam na Caixa e no FGTS e o grupo político e de operadores financeiros.