Fux atende pedido de Lewandowski e cancela pauta de vacinação da Covid-19
Com a apresentação do plano nacional de imunização, a questão foi retirada do julgamento da próxima semana
atualizado
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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, atendeu ao pedido do ministro Ricardo Lewandowski para retirar da pauta duas ações que tratam da compra de vacinas para a Covid-19. O julgamento estava pautado para a próxima quinta-feira (17/12).
A solicitação de Lewandowski ocorreu após o advogado-geral da União, José Levi Mello, apresentar o plano de imunização contra a doença, solicitado pelo ministro do Supremo. O documento entregue contém as estratégias de vacinação e números previstos pelo governo para custear a imunização em massa.
Os debates no Supremo, durante a próxima semana, agora estarão em torno da obrigação da vacina e qual será o agente no processo: governo federal ou Estados e municípios.
Desse modo, o STF deve focar o debate da semana a responder se a população pode ser obrigada ou não a tomar a vacina, e se cabe a estados e municípios ou ao governo federal impor a vacinação.
Lewandowski determinou que o plano, que prevê a aplicação de cerca de 108 milhões de doses nas 4 etapas iniciais, também seja apresentado ao Congresso Nacional.
Vacinação
O documento de 93 páginas estabelece que a campanha se iniciará por profissionais da saúde, pessoas com 80 ou mais, moradores de casa de repouso e indígenas. No entanto, ainda não há datas estabelecidas para o início da imunização.
Nas etapas seguintes, será realizada a vacinação para pessoas entre 60 e 70 anos, para os maiores de 18 anos que tenham comorbidades e para os profissionais de segurança pública e do sistema prisional. Em seguida, virão os professores. As pessoas que cumprem penas em penitenciárias não serão incluídas, conforme o governo já havia antecipado.
As comorbidades indicadas para definir a prioridade são diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados, anemia falciforme e obesidade grave
De acordo com o documento, as etapas desta primeira parte serão cumpridas com as doses que o o governo brasileiro já tem asseguradas com a Oxford/AstraZeneca. Também há possibilidade das vacinas que virão pelo consórcio Covax Facility, da Organização Mundial de Saúde (OMS), complementarem o número total necessário para os grupos prioritários.