“Filha de Temer vive situação angustiante”, diz defesa do presidente
A PF ouvirá Maristela sobre uma reforma em sua residência. A suspeita é que a obra teria sido paga com propina recebida pelo coronel Lima
atualizado
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O advogado Fernando Castelo Branco disse nesta sexta-feira (27,/4) que Maristela Temer está disposta a prestar “todos os esclarecimentos” à Polícia Federal. Ela deverá depor em 2 de maio, em São Paulo ou em Brasília — local ainda a ser definido —, no âmbito do inquérito responsável por investigar o presidente e suas relações com João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, preso em março, na Operação Skala.
“Maristela vive uma situação angustiante”, protesta Castelo Branco. “Ela não se opõe a depor, de forma alguma, por isso, neste momento, em que a autoridade policial manifestou interesse de ouvi-la, é um alívio para ela.”
Nesta quinta-feira (26/4), a Polícia Federal pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso mais 60 dias para tocar o inquérito do Decreto dos Portos, que mira Temer.
Nesta sexta, o presidente se disse vítima de uma “perseguição criminosa disfarçada de investigação”.
“O nome de Maristela aparece nos jornais reiteradamente, isso é angustiante para ela”, disse Castelo Branco, do Castelo Branco Advogados Associados. “Ela quer expor os fatos e contribuir com essa investigação., destacou.
O advogado já foi contatado por um policial federal. Há possibilidade de que a audiência seja realizada em São Paulo ou em Brasília. No estado paulista, o depoimento poderá ocorrer no Aeroporto de Congonhas.
“Maristela vai comparecer na data aprazada e contar efetivamente o que aconteceu”, disse Fernando Castelo Branco.