Fazenda enviou mais de 200 relatórios para a Lava Jato em 2017
Material de inteligência produzido pelo Coaf identificou suspeitas de lavagem de dinheiro a partir de comunicações de diversos setores
atualizado
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Enviada especial a Foz do Iguaçu (PR) – O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda responsável pelo combate à lavagem de dinheiro e ao terrorismo no Brasil, enviou, no ano passado, mais de 200 relatórios de inteligência à Operação Lava Jato sobre atividades financeiras suspeitas no país. A informação é do secretário-executivo do Coaf, Ricardo Liáo, que participou nesta segunda-feira (16/4) do Encontro Nacional de Editores, Colunistas e Blogueiros (Enecob), em Foz do Iguaçu (PR).
Segundo Liáo, em 2017, o Coaf produziu um total de 6.608 relatórios de inteligência que tiveram como base mais de 1,5 milhão de comunicações de atividades suspeitas em diversos setores econômicos. A maior parte (2.855) dos documentos foi encaminhada a autoridades no Distrito Federal, onde está localizada a sede do Departamento de Polícia Federal.
Bloqueio administrativo
O secretário-executivo defendeu ainda a aprovação de um projeto de lei para autorizar o bloqueio administrativo de bens de suspeitos ligados a atividades terroristas. Desde 2016, o procedimento é feito por decisão judicial após pedido da Advocacia Geral da União (AGU). “Esse é um mecanismo que não existe, hoje, no Brasil e permitiria uma resposta mais rápida a esse tipo de crime”, afirmou.
*A repórter viajou a convite do evento