Família de Genivaldo pede à polícia prisão de agentes da PRF
Advogadas da família solicitaram a prisão temporária dos policiais envolvidos na morte de Genivaldo
atualizado
Compartilhar notícia
As advogadas da família de Genivaldo de Jesus Santos, morto ao ser colocado em uma “câmara de gás” dentro de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), enviaram um ofício à Polícia Federal, nesta segunda-feira (30/5), pedindo a prisão temporária dos agentes envolvidos na morte.
É competência dos órgãos federais fazer o pedido das prisões à Justiça. As advogadas também aguardam acesso ao inquérito.
“A família quer saber, porque se fosse um marginal qualquer já estaria preso, porque ainda esses três policiais que cometeram esse crime bárbaro, que não tem dúvida, porque ainda não estão presos? Fica essa pergunta”, disse a advogada Luciana Aguiar ao g1.
Na manhã desta segunda-feira (30/5), a Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE) se reuniu com uma equipe da PF, em Aracajú, para pedir informações sobre a abordagem do policial que provocou a morte de Genivaldo em Umbaúba.
A OAB informou que preparou um ofício cobrando transparência sobre as provas colhidas durante o inquérito, além de esclarecimentos sobre a suposta ausência da disciplina de direitos humanos no curso de formação dos agentes da PRF.
O órgão ressaltou que também acompanha o pedido de prisão cautelar dos agentes. No sábado (28/5), a OAB nacional, junto à OAB-SE, também se pronunciou sobre a morte e pediu o encarceramento dos policiais rodoviários federais.
O caso
Durante abordagem policial na última quarta-feira (25/5), Genivaldo foi colocado dentro de uma espécie de “câmara de gás” improvisada no porta-malas de uma viatura da PRF, em Umbaúba (SE). A ação foi registrada em vídeo e acompanhada por pessoas presentes no local.
Segundo a polícia, a abordagem de quatro policiais rodoviários federais a Genivaldo foi motivada pela falta de capacete. O homem conduzia uma moto quando os integrantes da força de segurança deram ordem para ele parar.
Os policiais alegaram “desobediência” e resistência à prisão. Genivaldo foi jogado na parte de trás da viatura. Os agentes atiraram bomba de spray de pimenta e o deixaram trancado se debatendo e tentando respirar.