Fake news: Fachin libera para julgamento ação contra inquérito no STF
Alvo é o inquérito aberto por Dias Toffoli, sob relatoria de Alexandre de Moraes, que mira ofensas contra integrantes da Corte
atualizado
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Nesta sexta-feira (06/08/2019), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin liberou para a pauta julgamento da ação da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) contra a portaria de instauração do inquérito das fake news, que tramita em sigilo, sob relatoria de Alexandre de Moraes, e mira ofensas a integrantes da Corte. Com a decisão, cabe ao presidente do STF, Dias Toffoli, pautar a ação para o plenário.
O inquérito foi aberto por Toffoli, que indicou Moares à relatoria. Já foram autorizadas buscas e apreensões contra críticos da Corte.
Segundo apurou a reportagem, o inquérito, inicialmente, não citava nomes, mas entre os alvos estão os procuradores Deltan Dallagnol e Diogo Castor, além de auditores da Receita Federal.
A entidade dos procuradores chegou a pedir um salvo-conduto para barrar eventuais depoimentos de membros do Ministério Público Federal.
A pleno vapor
Os procuradores afirmam que as “investigações decorrentes do ato ilegal sub judice, continuam a pleno vapor, já tendo sido realizadas diversas ações de buscas e apreensões de investigado ora pacientes, que sequer sabiam que estavam nessa condição de investigados”.
“Não há como os procuradores da República, os quais representam, aparentemente, o foco do ato objurgado, saberem se estão sob interceptação telefônica, determinadas sem a intervenção da Procuradoria-Geral da República”.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, já chegou a se manifestar sobre a ação da Associação. “Não há como imaginar situação mais comprometedora da imparcialidade dos julgadores”, diz.