Fachin põe sob sigilo parte dos áudios grampeados pela Polícia Federal
A decisão do ministro ocorre após a divulgação de uma conversa entre o jornalista Reinaldo Azevedo e Andrea Neves
atualizado
Compartilhar notícia
Após a divulgação de áudios de conversas interceptadas que não têm relação com os supostos crimes investigados com base nas delações da JBS, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu impor sigilo a áudios interceptados pela Polícia Federal em investigação baseada nas delações da JBS.
A decisão vale para dois CDs que “não contêm apenas os diálogos referidos nos relatórios a que foram elas anexadas”. “Determino o desentranhamento, com a juntada em procedimento autônomo que tramitará sob segredo de justiça”, decidiu Fachin. A decisão do ministro alcança também eventuais áudios relativos à investigação que estejam no meio desses dois CDs que foram separados dos autos e agora passarão a tramitar em sigilo.
Os áudios captados pela PF estão disponíveis, na íntegra, para cópia no prédio do STF desde sexta-feira (19). Repórteres e advogados fizeram cópias. Descobriu-se, depois, que não apenas as conversas referentes às investigações foram copiados, como também aquelas que não traziam qualquer fato suspeito. No meio do volume completo, havia conversas de jornalistas.