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Fachin homologa delação premiada dos irmãos donos da JBS

A partir de agora, a Procuradoria-Geral da República (PGR) poderá pedir novas investigações baseadas nos relatos

atualizado

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1 de 1 edson fachin - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, homologou nesta quinta-feira (18/5) a delação premiada dos proprietários do frigorífico JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista. A decisão foi divulgada no começo desta tarde.

A homologação pelo STF dá validade jurídica ao acordo e abre caminho para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) peça novas investigações baseadas nos relatos. De acordo com informações do G1, ao fim do dia, Fachin vai analisar as provas colhidas pela Polícia Federal nas buscas e apreensões executadas nesta quinta, pela Operação Patmos. O ministro vai avaliar também se mantém ou retira o sigilo das investigações.

Em uma gravação feita por Joesley Batista em março deste ano, o presidente Michel Temer (PMDB) dá o aval para que o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) seja comprado. As informações são do jornal O Globo.

Segundo a reportagem, o empresário informou a Temer que estava dando a Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ambos ficarem calados.

Diante da informação, Temer incentivou: “Tem que manter isso, viu?”. Na conversa, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F — holding que controla a JBS, maior produtora de carne do mundo. Posteriormente, Loures foi filmado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O dinheiro seria parte da mesada.

Joesley, que está nos Estados Unidos, disse já ter pago R$ 5 milhões para Cunha após a prisão do peemedebista. Esse valor seria referente a um “saldo” de propina. Ainda de acordo com o empresário, ele devia R$ 20 milhões pela tramitação de uma lei sobre a desoneração tributária do setor de frango.

Operação Patmos
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta quinta-feira a Operação Patmos, no âmbito da Lava Jato, em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Os alvos são o senador Aécio Neves (PSDB); a irmã dele, Andrea Neves; e Altair Alves, considerado braço direito de Cunha.

A irmã do senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves (MG), a jornalista Andrea Neves, uma das principais assessoras dele, foi presa nesta manhã.

Além de Andrea, foram presos Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, primo de Aécio; e Mendherson Souza Lima, assessor de Zezé Perrella. Também foram alvos de mandados de prisão Roberta Funaro, irmã do operador de Cunha, o procurador da República Angelo Goulart e o advogado Willer Tomaz. Outro alvo é Altair Alves, considerado braço direito de Cunha.

A ação tem autorização do STF, que determinou o afastamento do tucano do mandato de senador e o de Rocha Loures (PMDB-PR) do de deputado federal.

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