Fachin afirma que candidatura de Lula teria “feito bem à democracia”
O ministro ainda criticou “a escalada do autoritarismo no Brasil após eleições de 2018” e disse que vivemos “uma recessão democrática”
atualizado
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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta segunda-feira (17/8) que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018, vetada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria “feito bem à democracia” e fortalecido o “império da lei”.
Para o magistrado, o Brasil vive uma “recessão democrática”. Ele ainda falou que o futuro está “sendo contaminado pelo despotismo”. As declarações foram dadas em palestra on-line para o VII Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral.
Sem citar nomes, Fachin afirmou, em mais de uma oportunidade, que existe “um cavalo de Troia dentro da legalidade constitucional do Brasil”, em referência a uma ameaça oculta à democracia no país.
“O presente que vivenciamos, além do efeito da pandemia, também está tomado de surtos arrogantes e ameaças de intervenção. O futuro está sendo contaminado por despotismo”, disse o ministro do STF.
Fachin também apontou que houve uma “escalada do autoritarismo no Brasil após as eleições de 2018”.
“Esse cavalo de Troia apresenta laços com milícias e organizações envolvidas com atividades ilícitas. Conduta de quem elogia ou se recusa a condenar ato de violência política no passado”, avaliou.