Ex-presidente do BNDES depõe como testemunha de defesa de Lula
Ação penal investiga supostas propinas pagas pela empreiteira Odebrecht ao ex-chefe do Executivo nacional
atualizado
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O ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, por videoconferência, nesta sexta-feira (23/6). O ex-dirigente falou como testemunha de defesa do ex-chefe do Executivo nacional Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht ao petista.
A audiência durou cerca de 15 minutos. A defesa de Lula quis saber de Luciano Coutinho informações sobre o Conselho de Administração da Petrobras. O ex-presidente do BNDES afirmou que fez parte do grupo. “Não me recordo exatamente, mas creio que entre 2009 e 2016 ou 2010 e 2016, não lembro exatamente.”
O advogado Cristiano Zanin Martins questionou Luciano Coutinho sobre as decisões do conselho. O defensor quis saber se “eram técnicas”.“Sim, o conselho tem atribuições definidas no estatuto de aprovação de matérias de natureza, digamos, estratégicas, os planos quinquenais da empresa, os planos de médio e longo prazos e de rever anualmente o planejamento estratégico”, respondeu Coutinho.
O ex-presidente do BNDES continuou. “Também o conselho tem um papel em aquisições ou desinvestimentos, ou seja, ele tem um papel restrito a um certo conjunto de matérias e essas matérias sempre foram decididas com base em informações resumidas, informações suficientes, porém, resumidas a respeito desses conteúdos.”
“O conselho examinava a estratégia de negócios da Petrobras em termos agregados, ou seja, não se detalhava projeto a projeto, se discutia uma estruturação de prioridades para as diversas áreas da empresa, mas sem aprofundar projeto a projeto.”