Ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva desiste de posto no TSE
General alegou questões pessoais, familiares e de saúde, e comunicou a decisão aos próximos presidentes da Corte
atualizado
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O ex-ministro da Defesa general Fernando Azevedo e Silva (foto em destaque) não irá mais assumir a Diretoria-Geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos dias. A informação foi revelada pela revista Veja e confirmada pela Corte ao Metrópoles.
O general comunicou aos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes que, “em virtude de questões pessoais de saúde e familiares, não ficará à frente do cargo na próxima gestão”.
Fachin assumirá a presidência do tribunal no próximo dia 22, na cadeira do ministro Luís Roberto Barroso. Já Moraes irá comandar o TSE a partir de agosto, ou seja, durante a corrida eleitoral para a Presidência da República.
“A expectativa é que, ainda nesta sexta-feira (18/2), seja anunciado o novo nome para a Diretoria-Geral”, acrescentou o TSE, em nota.
A desistência de Azevedo ocorre em meio a uma tensão entre as Forças Armadas e o tribunal.
Em dezembro, o general Heber Garcia Portella, representante dos militares na Comissão de Transparência Eleitoral, fez dezenas de questionamentos técnicos ao TSE.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a cobrar respostas do TSE sobre a demanda das Forças Armadas, que solicita o aperfeiçoamento das urnas eletrônicas. As perguntas se tornaram o novo argumento do bolsonarismo em relação ao voto impresso.
O mandatário do país relembrou o assunto em live semanal e disse que a questão era monitorada pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, possível candidato a vice-presidente na chapa do presidente.
Na segunda (14/2), o TSE enviou as respostas às Forças Armadas sobre a segurança das urnas eletrônicas. O documento soma 69 páginas e três anexos, totalizando pouco mais de 700 páginas.