Emílio Odebrecht diz não saber de compra de área para Instituto Lula
Depoimento do ex-executivo da Odebrecht ao juiz Sérgio Moro, na condição de testemunha do ex-presidente Lula, durou seis minutos
atualizado
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O ex-presidente executivo e atual presidente do Conselho de Administração da empreiteira Odebrecht, Emílio Odebrecht, foi ouvido novamente nesta segunda-feira (12/6) pela Justiça Federal no Paraná (JF/PR). O interrogatório ocorreu a pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O empresário disse que não se envolveu nos oito contratos firmados entre a empreiteira e a Petrobras, citados na ação penal. Ele também disse que não sabe se tais acordos estavam condicionados à aquisição de um imóvel para o Instituto Lula.
O empresário é testemunha de acusação em um dos processos a que o petista responde no âmbito da Operação Lava Jato.
A sessão ocorreu por meio de videoconferência e durou pouco mais de seis minutos. Apenas Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente, fez perguntas a Emílio.Cristiano Martins, então, lembrou que Emílio afirmara, em depoimento anterior, ter se encontrado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir o projeto Gás Brasil, que também incluía a Bolívia. O advogado perguntou ao empresário se era comum que ele debatesse assuntos relacionados a óleo e gás com presidentes da República. “Sem dúvida nenhuma”, respondeu.
Emílio Odebrecht também disse que conhece Gilberto Carvalho, que foi titular da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Lula, e negou ter conhecimento se o Grupo Odebrecht contratou o escritório Baker Mckenzie para buscar um acordo de leniência com autoridades estrangeiras.
O empresário voltou a ser ouvido nesta ação penal em razão de um recurso impetrado pelos advogados de Lula. Eles alegaram que o Ministério Público Federal (MPF) incluiu documentos ao processo sem tempo hábil para serem verificados antes da oitiva do empresário.
O argumento foi acolhido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).