Em pronunciamento à nação, Rosa Weber pede diálogo e tolerância
Ministra Rosa Weber disse ainda que “o voto de cada eleitor tem o mesmo peso”. Fala já é tradição na véspera das eleições presidenciais
atualizado
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“É legitimo e saudável que todos façamos nossas escolhas, mas com olhos de ver o pensamento diferente como merecedor de respeito”, afirmou a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber. A ministra fez um pronunciamento à nação, em cadeia nacional de rádio e TV, na noite deste sábado (6/10), e pediu anda mais diálogo e tolerância.
“Amanhã votaremos, participaremos da festa da democracia, e o voto de cada eleitor tem o mesmo peso. É preciso lembrar que neste domingo (7) decidiremos os rumos e o destinos da nação, por isso, não abramos mão desta chance e deixemos que os outros decidam por nós”, completou Weber.
A ministra lembrou ainda que a democracia é uma conquista diária e que a Justiça Eleitoral trabalhará “para garantir a sua liberdade de escolha, com sigilo do voto”. Depois que muitos candidatos questionaram a segurança das urnas, a presidente da Corte Eleitoral garantiu que o equipamentos são seguros e usados sem sequer um caso de fraude há 22 anos. “Isso para garantir um processo íntegro, ágil e auditável”
Confira a íntegra:
Pronunciamento à nação – Rosa Weber, presidente do TSE by Metropoles on Scribd
A fala aos eleitores brasileiros já é tradicional entre presidentes do TSE na véspera do primeiro turno das eleições. Em 2014, o ministro Dias Toffoli, agora presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também se pronunciou.
À época, Toffoli recomendou “reflexão e tranquilidade” no momento de votar e ressaltou que é o povo quem decide o comandante o país. Ele também destacou a importância da democracia e a força das instituições para a sua manutenção.
Pronunciamento de Temer Barrado
O presidente Michel Temer (MDB) também pretendia veicular um pronunciamento em rede nacional neste sábado. No entanto, a gravação foi barrada pela presidente do TSE. Rosa Weber afirmou que a fala do comandante do Palácio do Planalto poderia interferir no processo eleitoral.
Isso porque em um trecho do discurso Temer dizia que “vivemos hoje eleições polarizadas que é normal e até salutar”. Na avaliação da ministra, essa parte da fala poderia sugerir que apenas os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) concorrem à Presidência da República, ignorando os demais candidatos.